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Um blog duvidoso mas mesmo muito duvidoso.
O clube passou oficiosamente a saloon. Ontem, dia deste nosso logradouro, do zarolho e da malta que teve que fazer pela vida através da diáspora, as comemorações foram épicas; sala cheia, tudo muito sossegado e eu a jogar bilhar com o Palhinhas que fode a mesa toda com aquela unhaca do mindinho maior do que uma cimitarra. De repente um sururu vindo de um dos recintos desportivos teve o desplante de se transformar numa algazarra que por sua vez descambou num tumulto. Parecia Atenas em dia azedo: cadeiras pelo ar, gritos de "fizeste uma arrenúncia meu filho da puta" seguidos de "filho da puta é a puta da tua mãe". Socos entre os menos velhos, cuspidelas e cabeçadas entre os avozinhos. Trepei para um banco e dei instruções para que a batalha se revestisse de alguma dignidade e rigor táctico - "Ó Chita, está aqui um debaixo da mesa de bilhar. Caló, o preto tatuado ainda mexe. Faná, se chamas a bófia vais ter que levar comigo, caralho."
Acabou tudo em modo bem com o alto patrocínio de algumas adegas cooperativas e associadas no mister de sustentar este tipo de espectáculos que tanta falta nos fazem para que não caiamos na tentação da inércia indulgente.