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Um blog duvidoso mas mesmo muito duvidoso.
LB said...
Tenho pouca queda para delíquios e palermices adjacentes ao deambular pela anormalidade das coisas que se atiram a mim apesar de guardar um arsenal de amor capaz de envergonhar o sindicato dos bispos da Igreja Maná e da IURD e no entanto sou por vezes apanhado à traição por quadros como este: dois idosos baixinhos de lento passo pequenino mãos dadas envergando boinas bascas; ele de fato escuro dois tamanhos acima e uma desconcertante gravata do Tintim e ela com uma saia de ganga suficientemente comprida para ocultar metade daquilo que me pareceu ser um par de botas de cano alto mais um casaco de malha violeta preso apenas no primeiro botão como uma capa de super-heroína reformada e fora de moda. Ao passarem por mim a senhora murmura "amanhã temos o limpa-chaminés, Adolfo" "vai sobrar para nós Duartina".
De mãos dadas e pequenino passo fizeram-me chorar para dentro um bocadinho o caralho dos velhotes.
O insulto insidioso directo ou mordaz deveria ser elevado a uma qualquer categoria no recinto da psicanálise aplicada neo primordial estudantiva do fenómeno "não gosto de ti mas acho que te amo":
- És um betinho sem pedigree.
- Ninfomaníaca à mesa e frígida na cama é o que tu és.
- Esse corpo não te fica nada bem.
- Dás-te bem com esse teu lado de psicoputa?
Existem felizmente maquinetas de aspiração de merda de cão em profusas quantidades aqui pelo bairro e em permanente laboração porque os sacos de plástico estão pela hora da morte (nunca percebi o adágio mas adiante) agora o que me confunde é a utilização de enervantes utensílios expiradores com o fito de fazer montinhos de folhas que se suicidam melancolicamente de forma caduca para posterior recolha em lá está sacos de material petrolífero para manter o status quo dos panelereiros abichanados vestidos de Lawrence- et pour cause - que mandam na Arábia Saudita e arredores. Então a puta da máquina não podia exercer as duas funções? Não será isto um flagrante caso de estupro ecológico a esfregar nas trombas do careca da Quercus? Tudo indica que sim mas como de costume ninguém faz um caralho.
Agora que o pai bateu as botas será que o Daniel Oliveira se recolherá em pio recato sem dar nas vistas com a sua desenfreada vaidade por digamos 5 meses? Aguardemos.
- Há quanto tempo pá!
- Tenho andado muito desocupado.
- Que contas?
- Recebi um sms da minha ex no dia do pai.
- E então?
- Que estava muito agradecida por a ter ajudado a trazer ao mundo aquelas maravilhosas criaturas que lhe iluminam os dias e o caralho que a foda.
- Lindo não achas?
- Olha lá ó cara de cu a gaja está sempre atrasada no pagamento da pensão de alimentos e acharás tu que amanhã poderei dar de beber à carroça mostrando o visor do telefone dizendo "é para atestar com esmerado crédito maternal?" Bem me queria parecer.
7 coisas para fazer antes de morrer:
- Raptar o corpo editorial do Correio da Manha obrigando-o a ler publicações de referência como o Dica da Semana durante um mês sem pausas para dormir num barracão insalubre para os lados da Charneca do Ribatejo.
- Obrigar o Lobo Antunes a escrever sob ameaça de uma zagaia "nunca serei prémio Nobel" no quadro de uma escola primária abandonada nos arredores da Sertã.
- Mijar profusamente para dentro da caixa de correio da casa do Paulinho Feirante.
- Descarregar uma tonelada de esterco fresquinho na marquise do Cavaco.
- Pôr a Nela Moura Guedes a vender sandes de esferovite com atum no mercado da Ribeira como sendo o último grito em produtos gourmet.
- Acompanhado de fortes medidas de segurança encabar a Assunção Esteves em plena sessão plenária para que ficasse nos anais da democracia parlamentar.
- Levar o papa Chico ao Tribunal Penal Internacional (foda-se que esta merda tem muitos éles) pelo insistente uso de indumentária feminina e potenciais actos de igual índole pouco abonatória.
7 coisas que mais digo:
- Nasceste para me incomodar.
- Caralhos ta fodam.
- Caguei.
- Caga nisso.
- Fazes-me sono.
- Não é "há-des" caralho não é "há-des.
- Não é "há dois meses atrás" conicha da prima.
7 coisas que faço bem:
- Pôr uma repartição pública em polvorosa semelhante a um saloon do velho Oeste em noite de karaoke.
- Desconversar.
- Fornicar sem fins reprodutivos.
- Ofertar presentes que me foram oferecidos.
- Amolecer bolachas em ambiente controlado para posterior deglutição silenciosa.
- Espirrar para cima de livros desrespeitando escrupulosamente os sinais de pontuação lá impressos.
- Criar remisturas de madrigais com beats tech-house.
7 coisas que não faço bem:
- Ficar caladinho perante pais que tratam os filhos por você porque me sai logo um "desculpe mas tem a certeza que é seu? Não será antes aquele ali ao fundo que grita que tem a fralda inundada de merda e mijoura?".
- Destrinçar velcro de teflon com as consequências imagináveis.
- Atinar com a ranhura por onde sai o perfume do frasco nos dias em que a hidrofobia está em alta.
- Lembrar-me do meu aniversário (obrigado mãe).
- Duchar-me sem que exista um cabide para o telefone ducheiro.
- Falar baixo com pessoas com quem antipatizo...poucas sobram.
- Ressonar melodicamente.
7 coisas que me encantam:
- Conas peludas na óptica do utilizador.
- Uma gaja ainda às voltas com um pintelho 2 horas depois do felatio.
- Duas gajas às voltas com um pintelho etc.
- Imaginar o Abominável César das Neves vestido de dominatrix numa cave fétida no Intendente.
- Dar ralhetes a putos ranhosos em Siciliano.
- Umbigos femininos sem protuberâncias a assinalar.
- Fazer malas.
7 coisas que amo:
- A obra completa do João Sebastião Ribeiro e respectiva prole.
- Os meus sobrinhos duas vezes por ano se estiver extraordinariamente bem disposto.
- O meu irmão se o FCP estiver à frente das merdas em que se mete.
- Os meus pais se estiver completamente embezanado.
- A M.I. todos os diabólicos dias.
- O odor das minhas bufas pela manhã ainda na cama; "smells like victory".
- O cheiro de uma toalha de praia após 3 idas à mesma.
7 coisas que não gosto:
- Tudo o que não presta...
"Gosto muito do seu blog apesar de, a maior parte das vezes, ter dificuldade em perceber o que escreve. Os comentários que lá são deixados acabam por me ajudar um pouco no entendimento dos mesmos e creio que são todos e as meninas também de grande compreensão. Devia agradecer a elas e a eles, também, pela ajuda em decifrar certas coisas, caso contrário estaria bastante perdida.
Tudo de bom
Carina Vanessa".
Obtive a meio da manhã um público mas recatado simulacro de orgasmo já que tinha ficado sem bateria na visão raio x quando me cruzei com uma mulher aparentando uma mistura bem sucedida entre Gene Tierney e Rita Hayworth. Foi no Alto do Pina.
Fujo a velocidade supersónica de blogs que ostentam por vezes com aparente orgulho a qualidade gráfica de um anúncio da Beltrónica e a suavidade de um campo de cardos mesmo quando são bem esgalhados no que às letrinhas umas a seguir a outras diz respeito. Alguns parecem soalhos de pinho mal afagado sempre prontos a enfiarem lascas em retinas incautas e assim lá vou eu visitar os costumeiros e quase sempre belos sendo que alguns parecem carregar o peso dessa beleza com aparente descontentamento amargurado. Que os bites e os báites os guardem e para amenizar o tom do que acaba de ser escrevinhado - não sei o que me deu e não falhei a medicação - gostaria de informar que o meu "cuzinho de toureiro" como lhe chamava a avó Natalina tem vindo sorrateira e discretamente sem disfarçar o seu like por pleonasmos a deslocar-se para o 1º andar da frontaria facto que levou a decidir-me pelo aumento da carga horária semanal dedicada à pinocada para gáudio de quem eu cá sei contornando-se dessa forma a sempre desagradável convocatória de uma reunião urgente de condóminos com um ponto único a ir a debate: Obras sem licenciamento aqui não.