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Um blog duvidoso mas mesmo muito duvidoso.
Fui convidado para a inauguração de um salão de massagens sexo-coiso e tal e não encontro o fato de treino de terylene.
Que fique claro que considero inaceitável e asquerosa qualquer tentativa velada e hipócrita para amenizar a barbaridade que aconteceu em Paris venha ela do director do finantial times ou de qualquer blogueira inchada de hermenêutica postiça. Façam um favor à humanidade e ide praguejar para outra freguesia de preferência acima da camada de ozono. Ide caralho ide!
Algures nos finais dos anos 80 fazia um programa de rádio que pretendia chagar a cabeça aos seus 7 ouvintes com música portuguesa muito à frente do género Pop dell'Arte, Mler Ife Dada, Anamar, Essa Entente e por aí fora. Passava eu na íntegra o álbum Divergências da Ama Romanta que incluía um texto escrito e dito pelo Paquete de Oliveira sobre o Maio de 68 e a liberdade de expressão onde o nome do Salazar era mencionado umas quantas vezes quando começaram a chover telefonemas em número surpreendente - afinal o departamento de sondagens daquela merda era notoriamente incompetente - apelidando-me de perigoso comunista com acesso livre para surfar ondas hertzianas. Não tive outro remédio a não ser pôr o Paquete a debitar o texto 3 vezes seguidas e seguir para casa escoltado por dois técnicos da estação completamente embezanados.
Questionado por uma amiga sobre o abismo que separa o meu amor ardente pela obra de Bach e os meus esgares de inocente pessoa torturada com técnicas da Mossad ao ouvir os sons pútridos do Wagner não me resta alternativa: o meu posicionamento técnico-táctico sobre a matéria tem a contundência das coisas simples e julgo conveniente repeti-lo sempre que venham foder o juízo com tais interpelações à minha una bancada uma vez que sou categoricamente favorável às coisas boas e intoleravelmente contra as coisas más. Não há compromisso possível nestes assunto do foro áudio-coiso minhas queridas. Disse ou dasse, tanto faz!
- Que estás fazer?
- Espreito as janelas das vizinhas.
- E podes fazer isso?
- Posso porque tenho olhos.
- E a polícia deixa?
- Qual polícia qual carapuça pá?!
- Eu acho que vão ficar muito zangados.
- Já leste Bataille ou Lacan?
- Não sei estrangeiro.
- Há traduções.
- Mas eu só tenho sete anitos.
- Vai ver bonecos mas antes traz-me aqui os binóculos que estou muito fatigado. Anda desampara-me a janela xô!
Auxiliava uma velhinha a atravessar a rua naqueles locais destinados a cidadãos que não andam de cu tremido quando dois cotas instalados numa espécie de tanque de guerra quase nos passam a ferro com a agravante indesculpável de terem gesticulado com frenesim mal-educado na nossa direcção. Tiveram direito a uma demonstração dupla dos meus dedos médios em riste e ainda tirei selfies com os escuteiros que estavam no passeio distraídos a discutir a pretensa pedofilia do Baden Powell. A avózinha pagou o lanche não sem antes dar ralhetes aos petizes pela distracção e conselhos para a leitura de revistas de moda: "Isso já não se usa, miúdos".