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Um blog duvidoso mas mesmo muito duvidoso.
Uma mulher ao telefone à porta do Conservatório com uma mala de violoncelo às costas "Empestas-me a alma". Sugeri-lhe algumas variações baseadas na obra de Schoenberg pela qual tenho uma nano-estima: pestilentas-me as trompas de falópio; corrompes-me o baço; pervertes-me o esófago; desmoralizas-me as virilhas. Garantiu-me que tinha perspectivas de um fim de semana altamente verrinoso.
O elemento espectacular de empurrar dois camónes que mijavam contra uma parede foi não ter que correr muito durante a manobra de fuga; estavam com as pilas de fora e tinham o tanque tão atestado que não conseguiram mexer-se a mais de 6 centímetros por minuto. Senti-me um híbrido de Usain Bolt com Vasco Santana a fazer picardias ao António Silva naquele filme que passa 23 vezes por ano na rtp memória.
No terraço da Associação ontem pelas 7 da tarde: uma italiana, dois tugas, um cabo-verdiano e duas gajas de proveniência desconhecida que se apalpavam freneticamente. Reggae a tocar em volume imponente, além das duas gajas o único movimento visível era a passagem de ganzas em modo pescadinha de rabo na boca (grotesca expressão culinária esta e a culpa deve ser da Filipa Vai com o Demo). Durante seguramente uma hora ninguém disse um palavra e como já estava a ficar aflito para mijar tive que interromper a meditação colectiva e disse "com licença tenho que ir à casinha" ao que o preto respondeu "foda-se que tava a ver que ninguém abria a boca. A seguir vou eu". A globalização tem momentos dramáticos.