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Um blog duvidoso mas mesmo muito duvidoso.
Atenção muita atenção quando somos abalroados por um livreco com o título (do caralho, já agora) "El Alma de Hegel y Las Vacas de Wisconsin". Subtítulo: "Una reflexión sobre música culta e modernidad". Nem mesmo o Rui Vieira Nery resistiria. Mas o melhor reside no catálogo plasmado na badana. A saber: "El Arte de Callar"; "La importancia del demonio"; "La decadencia de la mentira"; "Elogio de lo insípido"... um fartote!
Ontem, uma hora após ter jantado, deglutia uma sandocha de qualquer coisa (é mesmo assim; na lista aparece uma hipótese de morfar algo de conteúdo desconhecido na óptica do comedor). Não se trata, neste caso, de abordar os meus repentinos e recentes apetites por comida. Os sexuais já foram discutidos em sede própria. Comia eu e também dizia eu que agarrado estava ao pedaço daquela qualquer coisa quando me batem levemente no ombro e um bigode fofinho plantado numa cara gigantesca -admito que pudesse ser ao contrário mas não tenho condições de confirmar- mirando-me com o olhar turvo dos fãs da Associação de Amigos de Todas as Adegas Cooperativas de Vinho do País e Arredores me sussura com a lentidão de quem tem um caracol agarrado à língua: "quem se deita sem ceia toda a noite esperneia". Para além do ensinamento ainda me pagou uma gasosa.
Frequentemente são questionado por não ter filhos, por vezes sou mesmo encostado a uma parede ou a um colchão (em certa ocasião o dito colchão era de água e fazia tchuc tchuc; ainda hoje estou para saber se aquilo não era a gravidade a actuar sobre o silicone das mamas da bimba com o cio). O importante cerne da coisa é que eu gosto tanto de criancinhas que a parentalidade na minha pessoa tornar-se-ia rapidamente num caso de polícia.
Acabei de conviver oftalmologicamente com uma criatura detentora de tal grau de estrabismo capaz de não se estranhar que o Medeiros Ferreira venha a ser o novo "rosto" da Multiópticas. O slogan seria: "garantimos total independência para os seus olhos".
Para as bandas do Príncipe Real, escrito num carro abandonado:
"Preciso de alguém que me salve de mim"
Foda-se!
O cidadão que habita em mim depreende sem grandes gastos ao nível da massa encefálica que atingiu o seu maior desafio quando, tendo grandes insuficiências temporárias de captação de ondas sonoras no buraco de armazenagem de cera da parte direita da mona, é convidado para botar música endrogada no bar com as empregadas mais melhores boas do Bairro Alto. Vai ser como um semi-filme mudo a cores. Tenho dúvidas que acabe bem mas estou fadado para estas tragédias...
Um gajo que conheço de esguelha estava numa aula de inglês quando a mulher que estava aos comandos daquela merda lhe pede um antónimo de "soon". O moço, atrapalhado e um pouco urinado com o desafio, ficou mudo. Da carteira de trás, veio o auxílio: "late, late". Resposta da criatura? "Milk, setôra, milk".
Tenho meia dúzia de horas para arranjar namoro; apenas porque a florista do Calhariz está com saldos e eu tenho uma predisposição natural para as baratezas.
Esta noite, os adeptos das agremiações do milhafre e da lagartixa irão tentar, de novo, explanar, (isto já são vírgulas a mais para meu desgosto) uma coisa que apelidam de futebol. Estou em crer que a quantidade de guarda-chuvas empanados ao abandono em Lisboa irá levar a protecção civil a lançar um novo alerta com uma cor ainda desconhecida pelos catedráticos da faculdade de belas-artes e desse modo interditar tal evento. Ficaríamos todos prostrados em agradecimento...