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Um blog duvidoso mas mesmo muito duvidoso.
"Proibir tudo o que seja publicidade não endereçada, seja a colocada na caixa do correio, seja aquela que insistem em pôr no carro. Poupava-se papel, não se gastava água a tentar descolar os papéis do vidro do carro, não se atiravam papéis para a estrada, não se atafulhava o caixote do lixo comum ao prédio todo com porcarias que ninguém pediu e as empresas poupavam uns cobres. Que tal?"
A Mana inventou esta nova diatribe desleixadamente burguesa e inconscientemente desligada das dificuldades que a classe trabalhadora enfrenta como se fosse um forcado tísico tendo pela frente um touro de duas toneladas com tracção às quatro patas. Sem surpresa, foi imediatamente secundada pelas suas comentadoras de serviço que parece terem saído de uma novela venezuelana pirosa, passe a redundância. A publicidade endereçada, ou nem por isso, na sua aparente insignificância tem nas suas traseiras, que algumas pessoas desconhecem ou fazem por isso, um elemento cimentador da sociedade sedenta em que vivemos e que dá pelo nome de: POSTOS DE TRABALHO! Caralhos me fodam se esta merda é difícil de perceber; começo pelo papel pelo qual tenho o maior respeito e profundos sentimentos ecológicos. O meu amor pelas grandes máquinas fazedoras de fotossíntese levou-me em tempos ao acto de abraçar um abeto durante horas e segundo o meu neurologista da altura o facto de estar em alta com uma pastilha de LSD nada teve a ver com o assunto. Madeireiros, camionistas, pilotos da cp carga, operários celulosos, g ráficos e designers do mesmo, empresários de todas as dimensões abarcadas pelo nosso sistema métrico-empresarial, condutores de ligeiros de mercadorias que toldados pela necessidade de cumprir horários no limite da teoria da relatividade conduzem com o acelerador a fundo mesmo quando parados num vermelho , distribuidores porta a porta com mais quilos de "porcaria" às costas do que um fuzileiro na recruta...e a seguir, varredores de rua e lixeiros auto-mobilizados para fechar este glorioso ciclo de mão de obra capaz de comprar aquelas coisas que se vendem no supermercado para saciar a fome e mais umas roupitas para evitar o corpo ao léu e uns manuais escolares para a canalha com a esperança de que possam um dia escrever sobre a chatice a maçada e a canseira que é uma ida ao eco-ponto para que o ciclo se repita ad eternum assim queiram as pessoas de boa vontade. Chegará?! Por mim chega...