Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Um blog duvidoso mas mesmo muito duvidoso.
Como dizia o outro "sou reaccionário; sou contra tudo o que não presta" - isto a propósito dos tenistas actuais que quando zangados pedem o auxilio de uma merda electrónica com nome de pássaro. Nos bons velhos tempos o McEroen cuspia ao árbitro "you are a disgrace to mankind"...
A computadeira de que estou a abusar não aceita os meus comentários no caixote dos mesmos mas sendo eu um indivíduo de imensos recursos botozo-os aqui:
Julie, suspeito ser a menina capaz disso e muito mais.
Ric, considera-te contratado, pá.
Mana, tu "constas" sempre junto da minha aorta. Quanto ao resto, tenho um bizarro prazer em manter-me na mais completa ignorância relativamente a certas matérias...
Ingredientes:
- Eu que tenho a vida glamorosa de um mórmon sem harém...
- A influência do Busby Berkeley na cena da moca do Jeff Bridges no "Big Lebowsky" daqueles irmãos sefarditas feiosos que fazem filmes...
- Correu tudo bem?
Sim, estava toda a gente devidamente de luto...
- Ver o "Juventude em Marcha" num IPoda-mos...
- Que caralho é salsaparrilha...
- Ainda estou como o outro...
- Andas zangado com nós?
Eu não ando chateado com vós, Laurentina...
- Viemos por outro lado para não pagar scooter...
- Morbidamente original como um casamento num cemitério...
- O atraso nas respostas epistolares deve-se à descoberta do porno turco-cipriota...
- Heróis do Mar vs cobardes do charco...
- Aqui posto de comando do inerte movimento das forças paradas...
Agora basta fazer um refogado, atirar isto lá para dentro e acompanhar com uma zurrapa qualquer. Que a diarreia vos acompanhe com mansidão...
Hoje vi um puto vestido com uma camiseta do cristiano rónaldo a empurrar uma bicicleta com os dois pneus em baixo. Lembrou-me a passagem do "A Confissão de Lúcio" do Sá-Carneiro que não teve direito a nome de unidade aeroportuária que dizia algo como: "Ouviste aquele cego a tocar desafinado um trecho de Paganini? Assim é a minha vida, uma bela composição muito mal interpretada..."
Se voltar a ver o chavalo peço-lhe um autógrafo...
"Foi a partir desta altura que percebi que a linguagem do cinema não era para mim. Nem os seus compromissos sociais, nem as suas diplomacias técnicas e artísticas, nem os mitos, nem os fascínios, nem a pressa, nem o dinheiro. Uma língua, sim. Perder tempo a pensar com ele e envelhecer a filmar pessoas e coisas, sim. Mas a estatura, a farda, o valor de troca que se exige hoje a um filme, isso é tudo triste. Neste trabalho, o que é bom é não haver negociação, nem um princípio nem um fim, nem resolução.
O cinema é movimento. É este movimento de vaivém sem nunca saber se estamos a recuar ou a ir para a frente. E quanto mais queremos avançar, mais parece que recuamos.
A mim, sempre me afligiu muito ver cinema. Morri mil mortes a ver certos filmes e quero continuar a morrer sem ser obrigado a ressuscitar. E o mesmo serve para ver pintura, ouvir música, ler. Com mais ou menos talento, com mais ou menos cinefilia, parecemos uns tontos a tentar escapar desse velho, irreparável argumento."
Pedro Costa numa entrevista qualquer...
Em conformidade, constatar com brilhantismo intelectual e apuradas aptidões auriculares que o arrastar de um tabuleiro de plástico sobre uma tábua de passar a ferro se revela uma inovadora técnica de scratching cujo nome baptizo de imediato de heavy-metal rap leva-me a concluir que descobertas como a daquele gajo a quem caiu uma maçã na cabeça não passam de merdosas pantominices irrelevantes...
Não existe nada mais frustrante do que discutir com criaturas pouco dadas aos exercícios da razão...
Disse-me um dia que fumava, bebia e comovia-se demasiado. Achei que me descrevia. Dizem que o tempo tudo cura. Não, caralho, não cura nada! Só traz rancores e arrependimentos cheios de ranço...por vezes creio que não existem árvores suficientes para enforcar tanta tristeza...foda-se para esta merda...