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Discordo de quase tudo mas o caralho do gajo tem graça.

por bloga-mos, em 27.09.11

Há muitas pessoas do Porto que odeiam mesmo Lisboa. Já ouvi histórias bem reais e credíveis sobre pessoas do Porto que nutrem por Lisboa o mesmo sentimento que os ewoks nutrem pela Death Star do Darth Vader. Fantasiam sobre Lisboa a arder e imaginam-se, qual Nero, com uma lira de cordas de tripa de porco nas muralhas do castelo, contemplando a destruição e os gritos de pânico. Se dermos um jogo de legos a uma criança do Porto ela vai logo construir uma cidadezinha e fazer o reinactment do terramoto de 1755, com os bonequinhos mouros todos a correr de braços no ar enquanto abanam e destroem as casas.

Eu não percebo porque há estes preconceitos porque eu gosto imenso do Porto e conheço o Porto muito bem, aquela avenida, a dos aliados e aquele café muito bonito, o Majestic. Agora também gosto muito daquela livraria antiga, a Lello. Aí está um bom exemplo de preconceito desfeito: eu pensava que a Lello fosse uma livraria de cultura étnica cigana e depois de lá entrar um dia a contra-gosto vi que afinal era só uma livraria bonita e antiga. E desfiz dois preconceitos de uma vez, foi esse e aquilo do Lello Universal que eu pensava que era um termo xenófobo para nomear um cigano padrão (português, romeno, chinês etc.)

As pessoas do Porto têm algumas qualidades melhores que as de Lisboa. Para começar e a propósito do Lello, são muito menos racistas do que em Lisboa porque não há pretinhos como há em Lisboa. Na minha aldeia de infância era a mesma coisa, tudo gente boa e católica. Uma vez chegou lá uma família de pretinhos ao casal e ficou tudo racista por causa disso, desaparecia roupa dos estendais e era o macaquinho que as roubava e a massa do pão não levedava porque ela tinha mau olhado e ele falava com as árvores a dar estalinhos com a boca. As pessoas de Lisboa, especialmente as da margem sul, tornam-se racistas e más e estão sempre com estas conversas.

As coisas são mais genuínas, as lojinhas com 50 anos que vendem maçanetas de porta ou ganchos de cabelo... lembram muito a Lisboa que começou a desaparecer nos anos 80 e é como um passeio pela saudade.

Também há requinte e sofisticação no Porto

No Porto são mais genuínos e engraçados, dizem imensos palavrões, dizem o que pensam e são frontais, metem-se uns com os outros na rua e conhecem-se todos. Também não ligam ao próprio aspecto como as pessoas de Lisboa que são umas snobs e superficiais. A forma de falar, a pronúncia, também é muito cómica mas se rirmos eles não levam a bem. Acontece-me começar a falar como eles passado uns dias, não só porque aquilo se pega por ser giro, mas porque se não o fizer, eles têm tendência a desconfiar pois não estão habituados a forasteiros. É preciso falar com uma voz calma e estender-lhes uma guloseima qualquer - um pedacinho de enchido faz maravilhas e quando lá vou, levo sempre umas rodelinhas de chouriço.
No Porto, todos se conhecem e são amistosos.

Isto dos povos se darem bem só exige um pouco de esforço de parte a parte e o quebrar de preconceitos e barreiras, como as que existem actualmente entre os palestinos e os judeus e que tanta morte têm causado.

Faço daqui uma sugestão: organizem-se visitas guiadas a Lisboa para pessoas do Porto que odeiam Lisboa com o mesmo conceito daqueles pacotes de aventura radical, o swimming with sharks: trazem-nas para aqui num autocarro com grades (ou gaiola de acrílico, mas é mais caro...) para se sentirem seguros e mostrem-lhes coisas de que iam gostar de certeza e que as iam fazer sentir-se em casa; aquelas pitorescas partes velhas da encosta do castelo, com aquelas casinhas cheias de vegetação no telhado e com a utilização de materiais reciclados como chapa e contraplacado, o IC19 que também tem trânsito como a VCI, os jardins com pombos para eles poderem dar pão e também lancharem os seus enchidos, depois o mercado da droga na Maria Pia e terminavam o tour no museu nacional de arqueologia para uma visita guiada às relíquias do terramoto de 1755, só para se divertirem um pouco também e a viagem não ser só cultural.
 
É aqui que o caramelo diz estas merdas.

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publicado às 17:29

Ladies and germs...

por bloga-mos, em 26.09.11

O melhor texto sobre a melhor mais melhor boa banda rocalheira ever.

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publicado às 16:12

ái lóve iú véri máxe.

por bloga-mos, em 26.09.11

Está ser tão prolongada a estadia em casa dos meus pais que já sinto algo parecido com a síndrome de Estocolmo.

 

 

 

 

 

 

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publicado às 15:38

Nem tudo é triste, meus caralhetes.

por bloga-mos, em 22.09.11

Ele há momentos exaltantes.

 

 

 

 

 

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publicado às 17:04

O fim da silly season? Duvido...

por bloga-mos, em 21.09.11

Hoje a praia apresentava uma moldura humana constituída por 7 surfistas e 433 gaivotas que contei utilizando o método das forças policias para contabilizar o número de manifestantes que de quando em vez se põem a manifestar. Eram mais de certeza. É tudo, muito obrigado.

 

 

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publicado às 15:13

Pum-pum.

por bloga-mos, em 19.09.11

As vantagens da hidro-terapia? Inodoros peidos à solta...

 

 

 

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publicado às 16:30

Cosmogonias.

por bloga-mos, em 16.09.11

Ainda não fui capaz de perceber se a minha família é disfuncional ou multi-funções. Sofrerei um pouco mais até lá chegar...

 

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publicado às 15:00

Espero com isto esclarecer um certo e determinado conjunto de merdas.

por bloga-mos, em 15.09.11

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publicado às 15:44

Loud and clear.

por bloga-mos, em 07.09.11

Como é do conhecimento geral e meu em particular, faz já alguns dias que recorrendo a técnicas de engenharia de minas me foi retirada uma significativa quantidade de cerúmen dos locais onde o mesmo se reproduz alarvemente. A operação de resgate correu tão bem que ontem assisti a um velório e durante o tempo que lá estive achei que me encontrava na bolsa de Nova Iorque em momento de crash pfinanceiro.

 

 

 

 

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publicado às 16:43

É sempre a mesma merda.

por bloga-mos, em 06.09.11

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publicado às 17:18

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