por bloga-mos, em 16.04.08
Das minhas janelas
vejo uma chaminé
daquelas que correm na minha aldeia
correr é um abuso poético
presumo quiçás erradamente
que a chaminé não corre para nenhures
mas para onde corres chaminé
que és filha da puta como a gaivota que nunca mais parava
e agora chove muito
muito
muito
mas mesmo muito
e tenho que fechar as janelas
e a poesia senhoras e senhores
que fechamento
que fechamento
ai ai ai
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