por bloga-mos, em 14.07.09
Acho e como me é habitual estarei certamente a achar mal que terá sido no primeiro dia da segunda classe que conheci o Nilo. O gajo parecia um mix entre o vocalista dos Moonspell e o cigano gigante do Gato preto Gato branco. Eu só tinha 7 anos e estava no recreio da puta da escola primária. Prof não era e naquele tempo o termo bully era-me invulgarmente não familiar e ali estava o rapagão ao meu lado a mirar-me com ar de homem estátua e recordo que foi essa a primeira vez que mijei os cueiros. Na realidade o interesse de Nilo era centrado nas sobras da maçã que eu tinha acabado de comer: o caroço - que do alto do meu braço erguido não foi arremessado para o arbusto mais próximo mas antes pousado delicadamente na sua mão ao som de mais uma mijadela nos cueiros. Findo o repasto o moço pegou em mim e encarrapitou-me em cima dos ombros (passei desde aí a controlar a bexiga mas nunca me curei das vertigens nem dos piolhos). E assim foi desde esse momento; eu levava a Bigbucha, alegando em casa que havia um gigantone que me queria partir em dois, e como digestivo passei o resto dos recreios todos a atazanar o resto da ganapada com o meu domesticado par de andas.
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1 comentário
De dutilleul a 14.07.2009 às 20:07
Nisso de oferecer maçãs todo o cuidado é pouco. Tanto pode dar num par de andas como numa grande carga de trabalhos.