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Um blog duvidoso mas mesmo muito duvidoso.
É desta que passo a jantar todos os dias, comprar um puzzle incompleto de um quadro da Vieira da Silva para o sobrinho do meio e levar a minha mãe a comer sushi marado no cais do sodré. Obrigados senhores concertadores da igualdade social.
Fingir-me desmaiado numa passadeira da avenida da liberdade em hora de hiper-tusa a uma sexta com um cartaz ao pescoço "se alguém encontrar este senhor neste estado tenham a fineza de não lhe mexer até que acorde caso contrário as consequências daí resultantes poderão ser muito perniciosas e irresolúveis do ponto de vista médico. Aproveito para avisar que a pessoa em questão está possuída por grave e rara doença por ter lido dois livros e meio do meu irmão. Assinado: João Lobo Antunes".
Morricone Conducts Morricone (DVD)
"Direita à espera que Costa venha a jogo
Coligação não quer dar gás à vitória de Costa e espera que este venha a jogo. Com rostos e com propostas. Até lá, Passos pede contenção."
Só tenho três palavras para isto: CONAS DE SABÃO!
Quatro horas sentado porque sim nuns degraus de acentuada importância histórica tornaram-me num desproporcionado membro do movimento Kuduro. Gastei meia embalagem de uma coisa para o tratamento sintomático adjuvante de distúrbios venosos superficiais, síndrome varicoso, hematoma, distensões, contusões. As calças escorregam-me pelo cu abaixo o que faz de mim um fã de elevada estirpe. Penso mudar-me para a Amadora assim que conseguir guito para comprar um pitbull.
Apesar das suspeitas de que o Passsos Coelhos fez merda lá com estória da Tecnodeforma ainda há gentelha que menciona que a criatura não tem um modo de vida opulento. Com aquela cara não me engana; aposto que todos os meses oferece um dildo em marfim à mulher para que se entretenha enquanto o gajo se ocupa em foder esta merda toda. Está visto que é um homem com uma missão.
Ontem vi um dvd com o Ennnio Morricone (pelo qual nutro uma pinguinha de asco por ter trabalhado com a Dulce Pontes) a dirigir uma orquestra de nome impronunciável que tocava com grande firmeza as suas bandas-sonoras, as dele, não as deles. Vamos a conclusões: a pianista destoava do resto do conjunto por usar um inenarrável vestido garrido e parecer ser uma versão anoréctica da Vivien Westwood e depois surgiu-me a certeza de que os tocadores de trompa pela maneira como enfiam as mãos na cloaca daquela coisa serão notoriamente hábeis dominadores do solfejo do fisting. De resto não gostei nada...
- Olá, mãe.
- Olá, filho, tudo bem?
- Sim, e vós?
- Todos entusiasmados. O pai já andou a investigar como vai estar o tempo e eu visito o guarda-vestidos duas vezes por dia, vê lá tu.
- De que falas?
- Da nossa ida aí para te ver.
- Quando?
- No próximo fim de semana. Vamos no Sábado e ficamos até quarta. Não te lembras?
- Não, não me lembro de nada.
- Já estás como o Passos Coelho. Isso é alguma doença que se apanha aí na capital?
- Tenho a certeza que não me disseste nada.
- Se calhar foi com o teu irmão, não me lembro.
- Afinal a doença do esquecimento é uma epidemia nacional.
- Preparas um programa de festas jeitoso?
- De que género?
- Sabes que o teu pai gosta de ópera e sou mais do fado. Deixamo-lo no Dona Maria e vamos para Alfama.
- São Carlos, mãe.
- Isso! O importantes é que fique em qualquer lado que ele anda impossível.
- Vou ver o que se arranja.
- E no dia seguinte vamos dar uma volta no cacilheiro que aquela gaja gorda levou a Veneza.
- Aquilo não presta para nada.
- Ou então uma ida ao parque de campismo da Caparica porque ouvi dizer que estão lá umas roulotes a muito bom preço.
- Nem pensar, ide vós!
- Estou a ver que não te passou o mau-feitio. Dava para fazer negócio com os estrangeiros que gostam de natureza e são pouco amigos de tomar banho.
- Quem sai aos seus não é de Genebra.
- Amanhã confirmo tudo.
- Lá terá que ser...
- Queres que te compre um cachecol? Estão em promoção e tu és dado a constipações.
- Outro? Mãe, já não tenho gavetas para tantas tiras de lã.
- Levo-te umas meias quentinhas.
- Seja.
- Beijo, minha riqueza. Estou a ficar sem bateria...
Estou banhado por um colossal autoclismo de indignação perante esta patologia mentirosa de quem se agarra ao poder como um náufrago a uma boneca insuflável e atiro isto ao Passos Conejo como ao presidente da junta que oferece uma feijoada de tamboril à população em vésperas de eleições. Foda-se que isto já mete nojo e a minha capacidade de enojamento é considerável (não me venham cá com semânticas que aí é que o caldo leva duas caneladas).
"Montar" uma instalação chamada corpo invisível numa sala totalmente vazia com um catálogo de 600 páginas assinadas pelo Tolentino Mendonça com apresentação e respectiva leitura pelo Pedro Abrunhosa com uma forte conjuntivite.