Sim sim a clientela tem sempre razão e mais o raio que a parta. A verdade é que não tenho andado a atinar com os condimentos e concomitantemente, por assim dizer, os refogados andam a sair uma merda e como toda a gente sabe sem eles não há pão para malucos. Daí a mesa ter andado vazia. Agora ide trabalhar.
Acho e como me é habitual estarei certamente a achar mal que terá sido no primeiro dia da segunda classe que conheci o Nilo. O gajo parecia um mix entre o vocalista dos Moonspell e o cigano gigante do Gato preto Gato branco. Eu só tinha 7 anos e estava no recreio da puta da escola primária. Prof não era e naquele tempo o termo bully era-me invulgarmente não familiar e ali estava o rapagão ao meu lado a mirar-me com ar de homem estátua e recordo que foi essa a primeira vez que mijei os cueiros. Na realidade o interesse de Nilo era centrado nas sobras da maçã que eu tinha acabado de comer: o caroço - que do alto do meu braço erguido não foi arremessado para o arbusto mais próximo mas antes pousado delicadamente na sua mão ao som de mais uma mijadela nos cueiros. Findo o repasto o moço pegou em mim e encarrapitou-me em cima dos ombros (passei desde aí a controlar a bexiga mas nunca me curei das vertigens nem dos piolhos). E assim foi desde esse momento; eu levava a Bigbucha, alegando em casa que havia um gigantone que me queria partir em dois, e como digestivo passei o resto dos recreios todos a atazanar o resto da ganapada com o meu domesticado par de andas.
Possuir uma vasta zona de caixa craniana entregue aos desígnios do vácuo é algo que me entristece (sei que a culpa não é tua, querida mãe, vamos lá parar com a choradeira). Verificar que certas pessoas me batem à porta desirmanadas dessa óbvia constatação deixa-me a modos que fodido.
Aconselho firme atenção a isso e aproveito para afirmar com acrimónia que o miguel esteves cardoso (vai assim porque me dá para a coerência uma vez por semestre e calhou hoje) tem a mona feita numa posta de pescada podre; só fala de guelras o grande morca!
Mais tarde espeto aqui com uma musiquinha catita com o fito de tornar esta baiuca menos insalubre.
Pois, os números do desemprego, os coitadinhos dos professores que andam à rasca mais o caralho a quatro. Mas ninguém se preocupa com o facto de eu não fazer puta ideia onde desenrascar um sítio com Sport tv neste deserto que é a zona da Boavista aos domingos. Ainda dou comigo a ir ao bairro do Aleixo que eles lá têm isso aos pontapés. É isso mesmo; compro uma dose e tá feito!
Na sequência da jogada anterior os meus patamares de felicidade permitem trazer junto de vós este genial acidente videoclípico com o qual sinto necessidade de reafirmar os tais níveis de bem aventurança supracitados...